Monthly Archives: Outubro 2010

UMA CONSTRUÇÃO ALDRABADA

O Bairro construído para realojar as famílias associadas de Calvanas há pouco mais de três anos, está uma lástima. As casa apresentam fissuras em todas as paredes exteriores e interiores. Algumas rachas exteriores chegam a ter 3 e 4 mm de abertura e a infiltração da água das chuvas tem provocado estragos consideráveis, sendo uma das principais consequências o apodrecimento do estuque que se vai desprendendo e caindo no chão. As paredes, devido a tanta humidade, estão negras e é difícil dormir nos quartos naquelas circunstâncias. Mas as anomalias existentes não se resumem às rachas, há muitas outras coisas que não foram devidamente executadas e estão a causar problemas. Era necessário uma vistoria por uma entidade idónea para verificar a borrada que foi feita nestas casas.

Se eu não morasse numa das casas deste Bairro e se me contassem o estado em que se encontram as habitações, provavelmente não acreditaria. É daquelas coisas que só vendo, pois contado ninguém acredita.

Numa situação destas, esperava-se que o construtor envidasse esforços para reparar o que está mal e, ao mesmo tempo, acabasse com os transtornos e  mal-estar das pessoas. Porém, por incrível que pareça, situações denunciadas há ano e meio continuam sem resposta e, consequentemente, sem qualquer tipo de intervenção, sujeitando as famílias a viver em condições difíceis para a sua saúde.

O que se está a passar no novo Bairro das Calvanas, não devia ser possível, já que o mesmo foi sujeito à fiscalização que a Lei impõe. Nesse sentido, perante tão desastroso quadro, impõe-se perguntar: o que é que andaram a fiscalizar os técnicos das diferentes entidades fiscalizadoras? Quem assume a responsabilidade do estado degradante em que se encontram as habitações? Porque sacode o construtor a água do capote, protelando a recuperação das casas? Não há nenhuma entidade que obrigue o construtor  a reparar as casas?

A Associação de Moradores não vai descansar enquanto não vir as casas reparadas e vai denunciar a situação às entidades que superintendem na área da construção.

O EIXO CENTRAL É O ESPELHO DA ALTA DE LISBOA!

Esta manhã, quando me deslocava para Alvalade, encontrei o trânsito cortado entre a zona da carris e a parte norte da área das Calvanas, para realização das obras do troço entre a 2ª circular e a Rua Melo Antunes, conforme consta do placard afixado no topo norte da Av. Nuno Krus Abecassis.

Tudo isto seria normal se antes da alteração ao trânsito, tivessem sido colocados os respectivos sinais de trânsito, o que não aconteceu. Verifiquei que os mesmos ainda andavam a ser colocados, depois do trânsito cortado.

Sinceramente, neste País já nada me admira mas estas coisas deviam ser tratadas com alguma antecedência, até por respeito e consideração pelos automobilistas que tão maltratados têm sido no que diz respeito aos acessos rodoviários à Alta de Lisboa.

Por outro lado, o Eixo Central que já devia estar concluído, ficamos agora a saber que o prazo de execução desta empreitada é de 18 meses! Estamos a falar de uma pequena parte do Eixo Central!

Por este andar, quantos anos mais vai demorar a sua inauguração?

Em Portugal funciona tudo ao contrário. Senão vejamos: Por toda a Europa, a construção de centros urbanos tipo Alta de Lisboa, obedece a regras bem definidas: 1º é feita a legalização dos terrenos, 2º fazem-se os aterros e constroem-se as vias de acesso, 3º constroem-se os equipamentos, 4º constroem-se as habitações, 5º Identificam-se as Ruas; 6º habitam-se as casas.

Já imaginaram como se procede em Portugal? 1º fazem os aterros, 2º constroem as casas, 3º habitam-nas, 4º constroem equipamentos, 5º constroem os acessos, 6º identificam as ruas.

De facto, é inacreditável a forma como está a ser construída a Alta de Lisboa! Há casas habitadas há quatro anos e as ruas ainda não têm nome, com todos os problemas que tal situação acarreta aos moradores. Será que a Comissão Municipal de Toponímia tem em conta os transtornos que causa às pessoas?